Já perceberam como os nossos bebês, da espécie humana, nascem extremamente dependentes quando comparados com outras espécies?
Pois é, a partir dai que surge o conceito de exterogestação, que é definido como um período de gestação extra uterino, como se fosse o quarto trimestre da gestação, mas que ocorre aqui fora, porque, por questões evolutivas, se o bebê crescesse ainda mais dentro do útero o parto ficaria inviável.
A exterogestação dura cerca de 3 meses e é importante que mamães e papais tenham muito claro que esse período vai passar.
É importante considerarmos nessa fase que o bebê acabou de sair de um local onde ele ficava em contato direto com o corpo da mãe, sendo alimentado constantemente pela placenta, em movimento e com barulho constantes, envolto em líquido e em uma posição fetal em que ficava bem “apertadinho” e com uma sensação de segurança ali dentro.
De repente, ele se vê aqui nesse mundão desconectado da mãe, tendo fome e precisando mamar para se alimentar, com sons diferentes ou tendo que lidar com o silencio, ficando muitas vezes sem movimento, com os bracinhos completamente livres e soltos e não mais envolto por líquido.
Bom, se para qualquer pessoa passar por mudanças requer um período de adaptação, por que para os recém nascidos seria diferente?
Ficam aqui algumas dicas para amenizar um pouco esse período e propor algumas situações que se assemelham com o que ele estava acostumado ali no útero:
➖Colo, contato físico em geral.
➖Banho de ofurô, o tal banho de balde que muitas vezes relaxa o bebê.
➖Movimentação com o bebê.
➖Uso de sons constantes que simulem o “ruído branco” de dentro do útero.
➖Amamentar em livre demanda.
➖Enrolar o bebê com os bracinhos mais junto ao corpo (sempre pedir orientação do seu pediatra quanto a isso).
Aliás, muito importante que sempre conversem com o pediatra de confiança, tirem suas dúvidas e sigam as orientações dele quanto a como seguir qualquer uma dessas recomendações. Afinal, cada família é uma família, cada mãe uma mãe, cada pai um pai, cada bebê um bebê. O olhar individualizado é fundamental.